As coisas do amor. Nunca soube de alguém que jamais tivesse buscado o amor. Não aquele só feito de plenitude, amor que durasse a vida inteira... Mas também aquele que pulsa o sangue na veia, é voraz e também passageiro. Ama e já não ama. Ama e já não sabe mais o que ama.
Importa amar. Amar e mal amar. Sentir o famoso frio na barriga, a dor iminente, o perigo do abismo, o rubor na face.
O primeiro amor é como algodão doce. Come-se depressa pra aproveitar o sabor e ficar sentindo o gosto se desfazendo pouco a pouco na boca.
Meu primeiro amor foi algodão doce, calafrio e calor. Boca seca, coração aos pulos, vertigem, náusea. Na minha insipência de mulherzinha de poucos anos, considerei que estava fadada ao sofrimento e ao abandono. À noite, tecia os sonhos amorosos, que nunca seriam revelados a não ser para mim mesma, minha única e leal confidente.
Ah, quanta dor a devorar meu coração ignorante e desimpedido! Mas quando se é menina, nos parece que amamos o mais bonito, o mais popular, portanto, o proibido.
Descubro então a crueldade do amor. E prometo a mim mesma nunca mais amar. Até que uma nova paixão invada, sem perdão, a minha vida
muito legal gostei
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